8 de ago. de 2021

08/08/2021

 


Já não são as mesmas ruas de domingo...

Alguns olhares pelas calçadas brilham pelo cansaço de não ter esperança, 

Então os vejo avançar lado a lado, de mãos dadas,

Como se por algum tempo nada pudesse doer,

E estes que caminham em busca de alguma beleza instalada em uma esquina qualquer ainda têm os sorrisos escondidos, mas não mais proibidos. 

E eu também sigo quase leve, perdido nas mesmas pequenas orações fragmentadas de menino, orações que se misturam com velhos poemas sobre antigas luzes e sonhos,

E me imagino então sorrindo também... talvez um pouco mais próximo do paraíso do que estive antes do medo limpar e curar feridas que causavam vergonha. 

E me imagino então sorrindo também... por toda poesia adormecida no futuro, só esperando a alma se aquecer um pouco mais para desabrochar, colorindo e perfumando novamente os momentos em que sol se deita e as estrelas se levantam.

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