27 de dez. de 2023

25/10/23




Já não temo a ausência da sagrada voz;

Poucos são seus ecos a adentrar meu peito.

Já não temo a raridade com que sonhos emitem doces cânticos;

Sim,

As guerras não cessam... 

Não por aqui, não por enquanto.

Mas a chuva ainda lava a atmosfera nos finais de outubro 

E nas trincheiras cavadas a sangue e suor na realidade, 

Há repouso.

Eu pendo minha cabeça ao escorrer de poucas lágrimas,

Cheias de sentimentos, carentes de razão,

E vejo agora um limpo firmamento aos poucos brilhar,

Vejo as estrelas emergirem da escuridão, em calmaria e silêncio.

Adormeço... 

No torpor das horas vislumbro imagens utópicas bailando, bailando,

Como se a vida, a carne, o tempo, não doessem.

Então um rosto, um sorriso, um abraço 

Um entrelaçar de dedos...

E já não estou só.

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