Já não temo a ausência da sagrada voz;
Poucos são seus ecos a adentrar meu peito.
Já não temo a raridade com que sonhos emitem doces cânticos;
Sim,
As guerras não cessam...
Não por aqui, não por enquanto.
Mas a chuva ainda lava a atmosfera nos finais de outubro
E nas trincheiras cavadas a sangue e suor na realidade,
Há repouso.
Eu pendo minha cabeça ao escorrer de poucas lágrimas,
Cheias de sentimentos, carentes de razão,
E vejo agora um limpo firmamento aos poucos brilhar,
Vejo as estrelas emergirem da escuridão, em calmaria e silêncio.
Adormeço...
No torpor das horas vislumbro imagens utópicas bailando, bailando,
Como se a vida, a carne, o tempo, não doessem.
Então um rosto, um sorriso, um abraço
Um entrelaçar de dedos...
E já não estou só.
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