27 de dez. de 2023

08/08/23

 


Não há mais o que precise ser dito

Talvez, nunca houve

Mas temo que um dia o cessar das palavras traga um silêncio profundo, permanente

Que a interrupção desses cânticos, quase murmúrios

Quebre um encanto que já quase jaz sem poder 

Então, insisto

Pois que sopram ainda os ventos de agosto

Levando e trazendo memórias desbotadas como esse azul do céu

O velho ipê range enquanto se prepara para mais um epitáfio 

Os campos lentamente adormecem aguardando a primavera

E os tempos de brava estiagem deixaram marcas profundas

E é sim bem pouca a mágica que escorre de tudo

Só que a vida ainda sopra forte lá fora

Levando e trazendo esperanças de cores fortes como o céu noturno 

Por isso, insisto...