Um leve desaguar no dia de Francisco
O nobre obreiro de Assis
Francisco que também é como foi chamado meu pai
Resiliente, digno
Francisco, como o Velho Rio que leva vida ao sertão
E eu aqui, tão pequeno
Ouço o cântico dessa chuva
Revolvendo as brasas dessa minha fé ainda tão pequena
Mas ainda assim, já tão bonita
Usando pequenas pedras para compor poemas simplórios
Plantando sementes humildes
Na esperança da floração
Na esperança do perfume do jasmineiro
Orando...
Pai, mesmo quando eu for digno de Lhe ver a face
Mesmo quando nenhuma mácula restar no meu espírito
Mesmo quando minha alma não for nada além de Luz
Mesmo quando o tempo, o espaço e a carne não fizerem mais sentido
Ainda precisarei da Tua Misericórdia da mesma forma como preciso hoje
Hoje, que pouco sou além de falhas e sombras
Ainda rogarei por Teu Amor
Como hoje,
Que ainda sou a menor das Tuas criaturas.
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