Um tanto triste
Que aquilo fosse o mais próximo de alguma coisa
Mesmo sendo praticamente menos que nada
Pois que era ao menos uma voz
Um perfume
Um sorriso
O vislumbre de um porto distante
Uma terra virgem
Uma clareira
Em meio ao caos que dia sim
Outro também
Deságua sobre todas as coisas
Danificando as engrenagens
Encharcando as fiações
Apagando as luzes
Em momento então de rápida e rara emersão
O que resta pulsando na alma
Em busca de alguma cura
Evoca aqueles já velhos versos gentis
Em louvor às mariposas apaixonadas por chamas
Em louvor ao luar e sua falsa claridade
Em louvor ao tempo que nada cura
Nada leva
Mas tudo transforma.
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