As pessoas parecem determinadas, firmes, com algum objetivo a alcançar na linha do horizonte.
E eu passo lentamente, com olhos turistas, pensando que a vida pode ser por um instante leve como a alma das crianças que brincam despreocupadas nos pequenos morros de terra na beira do pequeno bosque.
E também por um instante, tão breve, eu vejo o meu reflexo livre da dor que parece sempre residir nas rachaduras que vão se abrindo nas muralhas da fé, um pouco a cada dia, cada vez mais.
Ao menos não há pelo que esperar, nenhuma decepção nova e reluzente para aquecer o coração desta vez; ao menos, não há saudade.
Mas, de alguma forma, ainda há uma tentativa de perseguir a luz do sol por entre as sombras dos tempos...
E pelas frestas abertas no espírito pelo medo e pela dor, é por onde essa luz entra.
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