Como não perdoaria os anjos que partiram?
As páginas viram, amarelam, envelhecem,
são chicoteadas pelos ventos, dão lar a memórias e flores secas.
Registro minhas cores e dores.
Há sangue, há suor, há água límpida, há luz de manhã.
Certos dias vejo o infinito futuro temeroso;
que será de nós, meu Deus?
Certos dias eu sou o próprio infinito,
E os olhos marejam... Deus dança comigo.
E ao soprar os ventos secos da realidade,
Corro a pedir misericórdia à minha esperança de menino.
Mais um página termina; sentirei saudade...
Mais uma página se inicia; preparo as tintas.
A vida reinicia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário