29 de jan. de 2023




 Como que um rápido vislumbre de absolvição

Cores tantas escorrendo do firmamento 

E a voz mais sagrada dizendo

Você tem a minha palavra 

E eu já não era mais menino 

Para não saber que os pés cansados naquelas areias vermelhas 

Estavam imprimindo memórias pelo caminho 

Das mais sutis e valiosas 

Olhando então para o peito 

Vi abrigado um coração farto

Forte

Firme 

Mesmo que já não mais tão puro 

Ainda belo

Ainda exalando um perfume sutil 

Adocicado 

Que conheço bem 

E ressuege como a flor delicada 

Desabrochando na selva após a queimada 

Esse perfume 

É de esperança.