Flutuam pela alameda solitária,
Dissolvidos no perfume do bosque recém absolvido
Pelas águas raras de outubro,
Ecos sombrios do futuro e do passado.
E dos ruídos que se fundem
Não é possível distinguir
O que são promessas,
O que são ameaças.
Mas sob meus passos
Permeia o caminho esta escuridão
Bem mais morna e doce
Do que a que ainda reside na alma.
Então liberto o velho menino,
Encarcerado por tantos sonhos e pecados,
Para que corra abaixo das luzes cansadas dos postes
E beba do aroma mágico da noite.
Livre.
Livre...
Porque lhe é concedido o perdão
Tantas quantas vezes seus olhos suplicarem,
Porque lhe será dado amparo,
Tantas quantas vezes voltar seus joelhos ao solo rude.
Assim respiro profundamente
Como se nada doesse,
Como se nada faltasse,
Quase livre também.
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