29 de out. de 2021

Sozinho

 


Mais outros exaustos versos 

Sem cor ou sabor

Fluindo quase inocentemente 

Pelas pequenas frestas abertas no peito.


Mais outros suspiros pelas miragens

Que vagam velozes pelos corredores 

Enquanto as mesmas velhas canções 

Tentam trazer algo de luzes já extintas. 


E por entre as horas incandescentes 

Que se arrastam em tardes de pouco perfume

Delicadas esperanças tentam desabrochar

Sem sucesso. 


E o coração me lamenta sua fome

E a alma me lamenta suas rachaduras 

E eu apenas caminho lentamente 

Para longe das suas súplicas...


Sozinho.

Sozinho.

Sozinho.

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