Disfuncionais palavras são repetidas e repetidas,
Como um feitiço incompleto,
Uma conjuração defeituosa.
Elas rastejam para fora dos dedos,
Suplicantes,
E fundem-se à paisagem fantasmagórica.
Humildes, tolas e puras,
Desfalecem ainda mornas
Antes de tocarem o solo que as germinaria.
Mas o coração merece algum aconchego
Pelo esforço que faz em lançar claridades
Sobre o caminho agora sem significado.
Os sinais na estrada
Falam sobre o fim dos tempos do amor,
Embora não falem sobre o fim dos sonhos.
E ainda vejo outros velhos encantos,
Quebrados e espalhados,
Pairando pelos barrancos e troncos...
E eu apenas sigo,
Sem saber se é pouco ou muito
O tanto de esperança que não pude deixar para trás.
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