Não mente o poeta
Que no negrume profundo das noites
Diz inventar estórias
Que tornam a escuridão mais bonita.
Mergulhando solitárias madrugadas adentro,
São pequenas preciosas ilusões que brilham
Como reminiscências de dias mais simples.
Luminosos retalhos macios de memórias inextintas...
E não que haja tanto alimento para a poesia sempre faminta
Ou que em todas tardes o céu se derrame em cores,
Como que diluído
Em cascatas de rubis e âmbares,
Mas os murmúrios que ouço
São do coração ainda se esforçando em entoar uma doce canção,
As cores que vejo
São do jardim que resistiu à estiagem e ao inverno,
E agora floresce.
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