5 de dez. de 2014

Marionetes


Abraçado a palavras que não serão úteis.
Como lâmpadas de natal queimadas.
Tudo fechado, trancado, seguro...
Ninguém entra, ninguém sai.

Mas não desdenho ou detesto a dor.
Quando todo resto parte, ela permanece.
E ao contrário dos que se dizem bons e eternos.
Ela penetra fundo e prova que estou vivo.

Nessa comédia cruel, nos arrastamos, dançamos,
Consolando nossa indignação em estar nesse palco imundo,
Acreditando que tudo é um teste,
Que tudo terá algum tipo de recompensa.

Marionetes vivas e carentes,
Apaixonadas pelas mãos que as prendem,
Apaixonadas por outras marionetes que jamais serão livres,
Apaixonadas pela liberdade que jamais virá.




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