12 de dez. de 2014
A menina e o vento
Toda dor que veio, toda dor que ainda virá;
Por elas prossigo.
Toda luz que veio, toda luz que ainda virá;
Por elas agradeço.
Como aquelas mãozinhas acariciando o vento,
Acariciei sonhos.
Fiz dos olhos, nascentes.
Mas veio estiagem, veio desespero...
Sempre vem.
Mas certo dia um alguém viu minha face ao comprar flores.
Então a nascente rebrota... um fino fio de esperança passa pelo espírito,
Regando o Jardim quase morto da alma.
Como aquela menina, toda feita de pureza,
Não perderá jamais o vento de suas mãos,
Pois sabe que não o possui;
Também eu não perderei o Amor.
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