Como um rio preguiçoso seguindo seu rumo ao mar,
Nasceram vazias de mais palavras, mais súplicas, mais sonhos.
Eu via o céu, quase tão plúmbeo quanto a alma.
O coração, cansado, já não roga, não ora,
Não se revolta.
Há poucas semanas, era daqui,
Deste mesmo jardim, que se via um céu magnífico.
Repleto de pequenos brilhantes.
Havia a penumbra; uma suave luz macia sobre um alvo sorriso.
A lua, as flores adormecidas, a esperança despertando...
Agora há o silêncio.
O velho, ancestral silêncio, que às vezes cessa
Com as batidas mais fortes do coração,
Mas que por fim, sempre é trazido de volta pela realidade,
Como uma mãe severa.
E ele me envolve feito o negrume espesso da noite sem luz.
As batalhas seguem... Vê?
Tantas, ah Deus!
Nossos destinos nas mãos de seres malignos e desesperados.
Mais duas lágrimas escorrem...
E eu quebro minha promessa de não chorar por tristeza,
Mas apenas pelo que é belo, pois o Belo não está mais aqui.
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