5 de abr. de 2016

O bastante


Da mesma forma que o veneno também é a cura, A força também está na fragilidade, No desespero, a ânsia de se ter esperança. E eu olho para certos olhos e meu coração se comprime, Tamanho vazio, tamanha escuridão. Que esperas de mim, meu Deus? Mas eu ainda vejo que só mãos abertas colhem os milagres. O medo, tão voraz, persiste, mas... Quem saberia da minha fé quando os olhos marejam emocionados? Tem umas coisas bonitas lá fora, sorrio para elas. E tem umas coisas bonitas aqui dentro que sorriem para mim. E eu sinto, sinto profundamente, ainda estou vivo o bastante.

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