12 de out. de 2015
Reencontro, despedida
Pelo gosto sei: é lágrima de saudade.
Saudade da poeira da velha estrada,
Do sorriso perdido para sempre, sempre, sempre...
Mas que apenas para mim foi.
Saudade do que também fez sorrir.
O cheiro do mato após a chuva,
A caixa aveludada com dois anéis de prata.
Essas tréguas tão boas, que quase esquecemos da guerra da vida.
É de gratidão também...
Não há esperança no horizonte,
Mas há o brilho eterno das estrelas antigas,
Mortas.
Há a lembrança que força nenhuma corrompe.
A lembrança do que um dia foi visto além da carne,
Além do medo, da vergonha, da dor.
Um dia foi visto algo celestial, dentro e ao redor de mim.
A água que escorre dos olhos é leve,
Como leve escorre o canto dos passarinhos para dentro da mente.
Todo dia é uma despedida triste ao que se ama...
Todo dia é um reencontro feliz com a luz que ainda resiste acesa.
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