23 de abr. de 2017

24/04



O que restou é o brilho fraco de luzes perecíveis.
Em todo milagre se esconde um adeus.
Em toda mágica, um preço.

E o silêncio é o único a não partir.
Até as memórias irão,
Por mais profundas, por mais belas.

Era frio e a lua nos olhava.
Era seguro, morno, terno.
E frágil, como flores esquecidas.

Não faria sentido encerrar o ciclo.
Dizer adeus com dignidade.
Todo fim é o mesmo fim.

Traga um dia à tona
Aquela beleza que tentou vestir.
Não duvido que ela exista.

E da dor, que fique a lição,
Mais que o pesar.
O amor existe. Só não aqui.

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