12 de jul. de 2015
"Paciência"
São tempos loucos, meu bem.
Os amantes estão dispersos
E os odiadores, todos juntos.
Onde estamos errando?
O que não vemos bem diante de nós,
Como nosso próprio nariz?
Sempre houve essa dor primordial,
Que ninguém vê, toca, alcança;
Pela qual ninguém chorou.
Talvez, alguém...
Um dia, numa praça,
Num banco de ladrilho azul.
Já não busco expor o sentido,
A graça, a beleza, a ventura.
Nem o pranto que cai quando partem,
Quando retorno, quando desmorono,
Quando mais uma vez,
A vida prova ser instantes.
"Paciência, paciência, paciência.".
Repetia dócil senhora...
É disso que vamos vivendo:
De paciência ou de revolta.
Ou das duas coisas;
Elas fabricam o amor.
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