Daquele passeio num vale de estrelas;
Da minha alma entorpecida de utopias,
E meu coração frágil como pétalas.
O que foi conquistado e o que foi perdido para sempre?
Ainda sonho com luzes de natal, iguais daqueles que me comoviam.
Ainda percorro as ruas sujas de uma cidade marrom e vazia.
Onde antes residiam sonhos, hoje restam escombros.
Por vezes, é o espírito, tal cidade.
A inocência e a paixão intoxicam meu sangue...
É o fim de mais um verão; as chuvas de outono devolvem o verde.
Quando os olhos fecham e a mente rompe seus grilhões,
Santos pecados escorrem do céu,
Como lágrimas puras de anjos sempre distantes.
Meus olhos acariciam a verdade ou um espetáculo?
Se pudesse, calaria todo e qualquer som.
Bastaria tocar seus cabelos, macios como música,
Bastaria o ruído afável do seu sorriso,
Para, quem sabe, acreditar outra vez em tudo o que não existe.
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