21 de mai. de 2016

Velhos sonhos e novos pesadelos


Há um pouco de cor nesse imenso céu cinzento.
O mesmo céu sobre velhos sonhos e novos pesadelos.
A alma dói como se guardasse para sempre um espinho cravado,
Mas as mãos ainda cavam o chão, acariciam, buscam.

E a forma que me lembro de cada desespero
Agora é iluminada pela luz macia do outono.
Talvez este seja o ponto em que a vida
Me deixe caído no esquecimento...

Mas o coração permanece firme,
Sempre pronto para novos golpes.
Pronto para novas quedas,
Pronto para novas esperanças.

Não farei cinzas de uma alma
Que já floresceu como um jardim amado.
Todo sonho sepultado
É uma semente que a terra guarda com carinho.

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