27 de mai. de 2016

Ruínas e rimas


Versos, versos e versos...
Um oceano morno de palavras;
Uma correnteza correndo em círculos.
Serão mesmo úteis todas nossas rimas?

Podemos escolher se atrás de nós
Deixamos um céu estrelado de sonhos
Ou memórias inservíveis
De um tempo do qual só restam ruínas?

Quando as últimas certezas começam a esfarelar,
E nada que se diga parece ser fiel à alma;
Os dias se tornam cinzas, velhos fantasmam voltam a se impor,
E eu não posso mais definir o limite entre realidade e sonhos ruins.

Não teria sobrado nenhuma parte intacta?
Teria a vida pisado com seus pés sujos em toda esperança?
Temos resistido às duras tempestades, mas não sem danos.
Para onde olho, só consigo ver novos fins.