16 de set. de 2014
Terra
A donzela me presenteia com gordas sementes de girassol;
Aceito com carinho e esperança.
Da terra fraca nascerão grandes flores amarelas...
Da minha alma, brotou um sorriso simples, sincero.
Em meio às tantas pessoas com suas tantas dores,
embalo as minhas; as minhas dores enfim pacíficas;
e observo como uma criança deslumbrada as pétalas cintilantes
da primeira amarilis a florescer neste fim de inverno.
Dentre tantas fórmulas, letras, lamúrias, pedidos,
apenas as pequenas rosas vermelhas,
juntas de um "para você!"
fazem alguma boa lágrima de emoção escorrer.
"Alguma coisa persiste bela e admirável nesse mundo!"
Eu penso enquanto os olhos nublam.
Então anseio acariciar a terra novamente
e fazer dela nascer cor e perfume.
A terra aceita meu reles amor.
Pois é sábia e sabe que não há amor reles.
A terra acolhe meu espírito ainda e já cansado, o acaricia.
E quase oro: "Perdão, meu Deus,
por não saber bem o que fazer da bela vida que me ofereceu.".
A terra responde: "O perdão não se faz necessário. O Amor, sim.".
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