Aquele de voz macia buscava rosas para deixar no último repouso da veste de alguém amado;
São tempos frágeis, eu penso,
Mas o sagrado sobrevive por entre a entrelinhas dos absurdos impostos pela realidade.
E há uma nova canção sobre um céu esburacado e seus solavancos
Apenas turbulências
E nós
Ainda que na verdade apenas eu
E nós
Dançando nesse longo caminho
Que talvez
Um dia
Levará até nosso lar.
A certeza que veio com os anos passando tão velozes
Foi a de que apenas o que amamos nos constrói
E nos destrói,
Enquanto mergulhamos nesse oceano de paradoxos
Onde temos tão pouco tempo
E onde o tempo é apenas uma percepção deturpada
De algo que na verdade não existe.
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