Ainda que sem existir,
Em algum sonho,
Você vem ao encontro,
E ilumina,
O que de Belo insiste em não partir.
E meu coração cansado
Reflete esse lume vago
Que se dissolve sobre o solo faminto
Por onde caminham displicentes utopias,
Antigos adeuses e sonhos sem voz.
Quando desperto então há um resquício de calor
Por entre os dedos feridos por cavar a terra quase estéril...
E não que seja o bastante,
Mas esse pequeno sopro de pureza
Ainda é capaz de me fazer sorrir.
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