Semear palavras pelo sol
Mais uma última vez
Para que o silêncio insalubre
Não preencha de fantasmas os últimos cômodos
Onde ainda danço a nossa velha canção
Que você não sabia ser também sua.
Falar dos sonhos a ouvidos distantes
Mais uma última vez
Porque após a chuva era tão bonito
A bonança descendo aos campos
Retraindo minhas pupilas já cansadas
De tempos de tão pouca beleza.
Caminhar pelos mesmos caminhos idênticos
Mais uma última vez
Na tola esperança de algum encanto pelas esquinas esquecidas
Algum olhar mais profundo
Antes de tudo passar
Antes de tudo se tornar apenas noite e passado.
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