13 de fev. de 2018

Ciclos

Uma constatação simples é essa dificuldade em encerrar ciclos. Remover velhas plantas para não sufocar as novas, desistir de um possível relacionamento que claramente é um placebo para a solidão, entender o que é o fim, entender o fim mais definitivo que se possa haver; quando aquilo que foi um amor agora caminha por uma bela cidade a centenas de milhares de quilômetros; a insistência em versos que a poucos causam alguma emoção. 

Ciclos...

Dizíamos sempre sobre pessoas com asas e pessoas com raízes no mundo, mas havia as quimeras, criaturas híbridas, meio pássaro, meio árvore, numa luta constante com a própria natureza. 
Pra esses, os inícios e términos doem um pouco mais. São um pouco mais intensos. Nunca se está perfeitamente confortável, nunca se está exatamente onde se deveria estar. 
Tento pensar que há alguma beleza nisso. Como naqueles olhos azuis e castanhos no mesmo rosto. 
A gente se acostuma com adeuses e encontros... 
Quando as raízes começam a mergulhar no solo, é hora de outro adeus, outra batida em outra hospedaria.  
Não é fácil e seria tão bom se alguém entendesse...  

Então, adeus novamente. Que a luz se faça diante dos seus passos.
E olá, prazer, desculpe essa timidez e não repare minha desordem... Fui pego por uma tempestade de surpresa no caminho até aqui.
Vamos começar?


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