11 de jul. de 2016

Já não corre


Corre, o garoto perdido, busca braços macios;
Mas as canções silenciaram,
As doçuras são fingidas,
As belezas, sem encanto.

Corre, o garoto perdido, do destino;
Frio, duro, escuro,
Feito de escombros de sonhos de outrora,
Sem qualquer vestígio de vida.

Corre, o menino perdido, de si mesmo;
Das memórias insepultas,
Dos desejos insaciáveis,
Dos encontros inconcebíveis.

Já não corre, o menino perdido;
Para todo lugar, é o nada.
Nenhuma voz, nenhuma chama,
Nenhuma esperança.


#Penumbra

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