Começou a morte do poeta quando cortou seus
impulsos.
Há alguma fé na promessa do começo após os fins.
Há alguma fé... mesmo que esmurrada por dúvidas.
As ruas têm muita luz, poeira e perfume de
laranjeiras,
E tanto eu sinto, tanto.
O coração, desnorteado, enjoa-me com sinestesias.
Cada caminho canta uma história antiga,
Lendas esculpidas por vozes de fantasmas insones.
Não ouso levantar a voz, dizer palavra.
Apenas observo com olhos ardendo, olhos
cansados,
O destino traçando seus atalhos com descaso,
Abrindo meu peito sem misericórdia.
É quase
agosto...
E quero chorar a morte de sentimentos sagrados
outra vez,
Mas a vida me recobra furiosa... ela ainda permanece
aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário