Me abandonei
naquele dia,
Naquele ano
passado,
Naquele
início de inverno.
O que quer
que houvesse de santo,
Puro,
Sagrado,
Deitou-se à
lama, ao sangue fervente.
É muito
adeus, meu Deus!
Muito adeus
para mãos que sabem acariciar,
Mas não
sabem dar despedida.
Tudo o que
restou é o que não há.
É um rio
calmo feito de silêncio,
O escuro
amedrontador da mata fechada,
A fome, a
sede, a ânsia.
Tudo o que
restou é contrário a mim,
É o
contrário de mim.
Um ator
coadjuvante,
Um
personagem sujo,
Desimportante,
Inconvincente.
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