30 de ago. de 2025

Dia após dia



Em sonhos como esses

Seus olhos parecem brilhar ainda mais 

E eu queria poder te contar que ontem chorei

Ouvindo as crianças brincarem na rua 

Reprisando um tempo que achei 

Que havia se perdido para sempre 

Mas você não estava aqui

Ninguém estava aqui

Ainda assim

Eu cavei a terra de mãos nuas 

Deitei ao solo cansado novas sementes 

É fim de agosto 

A primavera não tarda 

E nessa fusão de sonho e realidade 

Dançávamos 

Os que estão e os que partiram 

Como se fosse possível a vida devolver 

Tudo aquilo que ela nos tira 

Dia após dia.

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