Varria folhas lembrando vagamente da despedida do último grande amor
Era também o segundo dia de um agosto qualquer
E onze anos depois a maior dor já não dói
E machuca menos que esse vento que insiste em atrapalhar meu trabalho desimportante
A moça estava certa
Realmente o tempo tira tudo do centro das atenções
Embora não cure nada
E já não resta tanto a dizer
A não ser a repetição tola do que a ninguém importa
Mas agosto evoca palavras calmas
Torna os dias mais passado que presente
Banha o jardim de uma luz opaca e macia
E sopra no coração um quase desejo de ser feliz outra vez.
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