2 de ago. de 2025

02/08



Varria folhas lembrando vagamente da despedida do último grande amor

Era também o segundo dia de um agosto qualquer 

E onze anos depois a maior dor já não dói 

E machuca menos que esse vento que insiste em atrapalhar meu trabalho desimportante 

A moça estava certa

Realmente o tempo tira tudo do centro das atenções 

Embora não cure nada 

E já não resta tanto a dizer

A não ser a repetição tola do que a ninguém importa 

Mas agosto evoca palavras calmas

Torna os dias mais passado que presente 

Banha o jardim de uma luz opaca e macia 

E sopra no coração um quase desejo de ser feliz outra vez.

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