12 de jun. de 2016
O menino corre
Corre o menino eternamente em uma orla infinita.
O vento acaricia sua pele, sua dor.
Já não sabe do que foge, o que busca.
Já não sabe se foge do que busca.
De um lado, há sempre o velho poente escarlate.
De outro, uma noite fria, tempestuosa.
Ele ao meio,
Cheio de medo e profunda admiração.
Perdida, distante,
Estaria a essência dele mesmo?
E essa essência bastará sem quem a desfrute?
E há quem queira desfrutá-la?
Ainda o menino corre,
E salta, e dança.
Onde ele está é lindo
Porque ele está livre.
O horizonte é ameaçado pelos brados da realidade,
Mas um lume fraco vem do sorriso da Esperança.
De uma noite não tão remota vem a lembrança...
Dentro daquele abraço ele reconhecia seu verdadeiro lar.
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