Seja mais uma vez a besta inócua
A carregar sentimentos imensos,
Mortos, dilacerados; coração.
Contemple imóvel e silencioso
As maravilhas terríveis do teu reflexo.
Cabe em ti todo o inferno e todo o paraíso.
Não está para anjo ou demônio,
Mas para o limiar suave que separa
O amor do horror.
Deslumbra-te com teu gozo e teu tormento.
Entrega-te às forças assimétricas da natureza,
Ainda que teu amor seja uma pérola perfeita.
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