29 de mai. de 2015

Lado escuro da lua


Será o seu, entre todos os corações,
O primeiro a jamais olhar para trás?
Seria a sua voz, entre as centenas de ruídos que não cessam,
A única jamais lembrada outra vez?

A eternidade caminha com seus passos meigos.
Os dias surgem com o sol, um atrás do outro...
Frios, quentes, felizes, desesperadores.
Mas o amor nunca mais provou outra vez ser real.

Aqui estão minhas mesmas mãos,
Meu mesmo coração,.
E o espírito que ainda sonha poder voar na noite estrelada
É o mesmo se emocionando em silêncio ao sol poente.

Mas agora há esse sentimento onde a claridade se perde.
Eu não sei dos culpados.
Agora que a esperança, enfim, jaz sem vida,
Aceito ser outra vez o lado escuro da lua.

O lado onde não há calor ou brilho,
Mas apenas memórias.
Memórias de uma claridade transitória,
De um tempo talvez nunca vivido de fato, mas tão amado.

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