10 de fev. de 2015
Continua
Delicados e puros sentimentos desaparecem...
Como o orvalho da manhã sendo desintegrado pelo sol inclemente.
Rendo graças ao silêncio,
Ao menos ele não parte, não promete, não sorri mentirosamente.
É finda a espera.
É finda qualquer desumana expectativa.
Se ainda caminho, mesmo trôpego, é por razão de natureza;
Como viver sem a busca?
Busco. Embora anjos e demônios concordem em dizer:
"Não há nada adiante."
Insisto. Respondo:
"E o que resta atrás?".
Talvez haja quem colha nossas preces com mãos afáveis,
E na aspereza do caminho incerto, aquelas roseiras plantadas em dias tristes,
Ofereçam algum meigo perfume.
Continuemos, pois. Fingindo que continuar é uma escolha, uma opção.
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Contínuo, esse texto é um loop.
ResponderExcluirPenso nele como um círculo, sem começo e sem fim.
Como sair dele?
Parabéns Marcos!
Muito obrigado, Allan. É bom encontrar quem ainda entenda e sinta os poemas.
ExcluirFico feliz com seu comentário.
Costumo ler seus tectos também, gosto muito.
Forte abraço!