Mais dia, menos dia,
Vamos cansar dessa necessidade
De sermos manequins vazios por dentro,
Reluzentes por fora,
Tentando acertar a posição perfeita
Para chamar atenção,
Para convencer e vender nossa imagem.
De que serve esse caminho tão longo
Com pequenas paradas em espeluncas sujas,
Habitadas por palhaços malignos
E varridas por ventos quentes do norte?
Estamos em um círculo,
Não consegue ver?
Correndo loucamente para o nada outra vez...
Mas não longe daqui eu flutuava entre orações fervorosas
E perfumes de cinquentenárias árvores à beira da estrada.
A velha esperança muda de forma a cada estação.
Já não aponta qualquer caminho,
Apenas diz: vá. E eu vou.
Pois já é claro não haver o destino,
Apenas o infinito caminho.
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