18 de set. de 2017
18/09
Em algumas tardes eu ainda enviava mensagens ao universo na vaga esperança de que, viajando por um fluído cósmico que conecta todas as coisas, aqueles velhos e bons sentimentos adentrassem no seu morno coração.
Naqueles dias o paraíso era um lugar na Terra. E estivessem nossos pés sobre as areias humildes do meu lugar onde nada nunca acontece ou sobre as suntuosas passarelas sobre a sua arrogante cidade, havia a mesma fé e a mesma esperança em um tolo e tão frágil amor.
Você me deixaria acreditar que aqueles nossos jovens eus ainda dançam e cantam nossas queridas canções em um lugar que o tempo não irá levar; que lá para sempre poderei encontrar o anjo de olhos celestes e sorriso meigo pensando em formas de tornar o mundo mais belo?
Eu sei que não...
Tudo o que havia para ser deixado, já o foi.
O que resta é o mesmo adeus e a mesma derrota girando em um vórtice inquebrável.
Ainda ecoam as últimas palavras e a primeira oração junto daquela mesma sensação de queda livre sem nunca atingir o chão.
Ainda não desistiu da vida aquele sentimento único e falho... prostrado aos pés de um anjo frio que nunca mais olhou para baixo.
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