4 de mai. de 2017
04/05
Todos os dias a alma sangra em silêncio;
Por Samir, por Alex, por Dandara.
Se somos mesmo Deuses,
Onde está nossa Luz Divina?
Frágeis criaturas patéticas.
Debulhando-se em lágrimas
Frente às frias telas de vidro,
Mas estáticas, inúteis.
O Amor do qual inflamos canções e poemas,
Vale de algo diante da fome, da solidão, do desprezo?
Esses templos abarrotados de hipócritas,
Esperando recompensas mundanas e perecíveis...
Que fazemos de fato da nossa fé?
Palavras ao vento, escambeiros, crianças aduláveis.
As mentiras fluem como um rio caudaloso e poluído;
Cegos, cegos e contaminados, todos nós.
Meu coração dói. Nosso coração dói.
Os raquíticos milagres não sustentam essa horda desolada.
Mais nenhum herói, nenhum Amor.
A alegorias dissolveram-se todas...
Mas eu tive a esperança de receber aquele bom dia,
De salvar a pequena borboleta, que quase sem vida, se debatia.
Trouxe mudas para o jardim.
Chegamos ao limite, mas não ao fim.
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