Como tá o dia, Dona Carolina?
E se chove, mulher, como vai ser?
O barraco tá limpo, as crianças, alimentadas.
Descansa um tiquinho,
Deita esse fardo no chão,
Vai coser poesia.
A gente aqui continua tudo marginal.
A sociedade vai correndo rio acima,
E a gente daqui só observa com nossa sina nas costas.
Desde quando a água cai para baixo é parecido:
A gente parece não ter vez, não.
Que vida dura, Dona Carolina!
É tanta humilhação por um pedaço de pão!
Será que um dia a coisa reverte?
Pelo andar dessa carroça, sei não...
Mas a gente resiste, tá no nosso sangue.
A gente beija a lona, mas levanta e pulso cerrado.
Deus lhe guarde aí no céu, Dona Carolina.
Certeza que ele fez pra senhora
Aquele vestido bonito de noite estrelada.
Por aqui, sua palavra continua forte e viva
Dando voz e coragem
À vida de tantas outras Carolinas.
Singela homenagem a Carolina Maria de Jesus.
Mulher, brasileira, mãe, guerreira.
E se chove, mulher, como vai ser?
O barraco tá limpo, as crianças, alimentadas.
Descansa um tiquinho,
Deita esse fardo no chão,
Vai coser poesia.
A gente aqui continua tudo marginal.
A sociedade vai correndo rio acima,
E a gente daqui só observa com nossa sina nas costas.
Desde quando a água cai para baixo é parecido:
A gente parece não ter vez, não.
Que vida dura, Dona Carolina!
É tanta humilhação por um pedaço de pão!
Será que um dia a coisa reverte?
Pelo andar dessa carroça, sei não...
Mas a gente resiste, tá no nosso sangue.
A gente beija a lona, mas levanta e pulso cerrado.
Deus lhe guarde aí no céu, Dona Carolina.
Certeza que ele fez pra senhora
Aquele vestido bonito de noite estrelada.
Por aqui, sua palavra continua forte e viva
Dando voz e coragem
À vida de tantas outras Carolinas.
Singela homenagem a Carolina Maria de Jesus.
Mulher, brasileira, mãe, guerreira.
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