27 de abr. de 2014
"You're the one"
Cada sorriso teu é feito um desabrochar...
E sempre sinto a felicidade tomar meu coração nos braços e rodopiar pelo jardim quando as cores de uma nova flor se revelam.
Cada gesto teu é como a brisa fresca das tardes de outono...
Eu interrompo meus movimentos, fecho os olhos e sinto o vento acariciando toda minha alma, ao ponto das lágrimas se desprenderem leves.
Cada olhar teu é como o brilho de todas as estrelas numa noite sem luar...
Eu deito estático sobre o chão frio e admiro aquela beleza infinita.
Cada palavra tua é suave e bela como as borboletas que flutuam gentilmente.
Eu lembro delas e no meu peito sinto batidas descompassadas, um cavalo selvagem que corre forte e belo pelas colinas.
Que tempos foram aqueles em que aqui não esteve?
Quem era aquele eu?
Não houve...
Não houve tempo em que aqui não estivesse, pois a fé no amor que agora existe sempre queimou.
Não houve outro eu que não aquele que andava acima das neves amargas e das areias quentes à tua procura.
Por tanto tempo ainda sentirei o sabor amargo da imperfeição em meus lábios.
Quem dera houvesse em mim tais belezas magnânimas.
Porém, não.
Sou apenas mãos que acariciam com alegria a terra quase estéril e ajuda a tirar alguma flor simples dela.
Sou apenas homem qualquer que tece versos bobos com aquilo que não cabe mais no espírito, e transborda.
Mas trago em mim o amor, e por isso trago em mim uma faísca de Deus.
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