O outono rega a cidade de uma claridade límpida, pura, fria.
E as horas cobram, os carros avançam,
mas eu paro pelas vias por um verso quase bonito.
Porque os olhos marejam sem motivo,
feito fosse aquele passado em que se ousava sonhar.
E paira então pelo ar uma melodia suave, gentil.
Como fez falta o doce som emanado pelo coração...
Talvez ele não tenha esquecido como cantar, afinal.
Pois ainda há um resquício imaculado de manhã,
Ainda há essa forma confusa e bonita de fé,
Ainda há tempo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário