26 de fev. de 2013

Decretos


Recuso-me a não sentir.
Recuso-me a endurecer,
a colocar rédeas nas batidas do coração,
a aprisionar ainda mais o espírito já sofredor de duro cárcere.

Proíbo-me de não me emocionar com minhas lindas tolices.
Proíbo-me de não me transportar para além,
a calar os lábios,
a cerrar os olhos e a imaginação que ainda resta.

Embora repleta de falhas e rachaduras
a alma continua a transbordar.
Quem liga?
Eu ligo.
Eu sinto.

Um comentário:

  1. Não podemos deixar o nosso lado infantil e criativo partir com a passagem dos anos, pois é o que faz de nós SERES HUMANOS e FELIZES!
    Sua poesia demonstra bem a pressão do cotidiano e o sua sensibilidade que sofre, mas jamais morrerá.
    Você é poesia e a poesia é você!
    Ercília

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