22 de fev. de 2018

Corações selvagens


Adentraram nosso reino sagrado,
Por isso sangramos.
Trouxeram para a catedral dos nossos sonhos
Ladrões e feiticeiros.
Saquearam nossas relíquias e distribuiriam a bárbaros.
Zombaram da mais pura forma de sentimento
Que já pudemos gerar.
Qual a surpresa agora que nossos corações são selvagens?

Mas vocês não derrubarão esses muros outra vez.
Não calarão nosso urro mais uma vez.
Vocês sujam as próprias trevas em que se arrastam,
Vocês já mal conseguem submergir do próprio mar de mentiras.
Não terão ainda nossas lágrimas de saudade e revolta.
Nossa luta não será no campo de falsos heróis.

Podemos ver limpidamente o poente escarlate agora.
Sua lança e seu fel não penetram nossa carne.
Quando o fim chegar não estaremos de joelhos.
Nosso espírito está em chamas!
Nossa carne ainda resiste!

Vocês não notam, mas permanecemos exatamente aqui,
Vencendo,
Sem garras, sem armaduras.
Quando os caminhos se abrirem para nossa vitória
Eles serão trilhados pelo amor.